Elitizando as coisas populares
Vocês já repararam que as coisas que outrora eram populares aos poucos estão sendo elitizadas por essa burguesada fedida? Vamos pegar alguns exemplos disso para ver se você cai na real.
Começemos com o futebol, um esporte do povão mesmo, o cara não tem dinheiro para comprar o leite das crianças, mas não deixa de ir aos estádio ver o seu time do coração, ou melhor não deixava! Com esse papo de modernizar os estádios e tal o pessoal tá começando a subir cada vez mais o ingresso, e quando é jogo importante ou um clássico os clubes aproveitam pra enfiar a faca no seu torcedor. Ah quem diga que é importante esses ingressos mais caros pois impede que o pessoal que quer só brigar vá ao estádio, o que não posso concordar primeiro por simplificar a questão da violência com a falta de renda, pois tem muito boyzinho classe média que começa a encher a cara na manhã do jogo e se o time perder ele vai pra cabeça mesmo, segundo que o pessoal que quer brigar vai brigar mesmo e pronto, eles até combinam por Orkut com a torcida rival pra se encontrar, a briga simplesmente está saindo do estádio e indo pra rua. Mas como se não basta-se a pessoa não poder ir ao estádio, qual a outra opção que ele tem de acompanhar o time? Restou apenas o rádio, que quebra um galho mas não tem imagens. Quando um time joga em casa a partida não é exibida na TV, aí você tem que pagar canal a cabo, só que na tv a cabo o jogo que vai passar não é do seu time, se você quiser ver mesmo vai ter que pagar o Payperview, ou seja, além de pagar caro pela tv a cabo você ainda tem que pagar um por fora pra enfim ver o jogo.
Agora falemos sobre o Carnaval, essa coisa é só rolo, pois as escolas de samba viraram um grande balcão de negócios. Esses cargos de Rainha e Madrinha de bateria são um bom exemplo, ao invés de escolherem uma menina da comunidade que está o ano todo lá e vive e respira o Carnaval entram as famosas, só que essas famosas pagam as escolas para estar nesses cargos, pois aparecer no desfile é midia, é notícia para elas. Ai elas vão lá umas semanas próximas do desfile para o ensaio (que também é noticia e midia para elas) desfilam e depois um abraço. E também tem o fato deles venderem lugares para as pessoas desfilarem, um turista chega lá na escola e diz que quer desfilar e daí eles vendem a fantasia por uma baba e o cara vai lá e fica todo alegrinho por que vai aparecer na Globo. E em Salvador também é outro rolo pois a maioria das pessoas que estão lá é turistas, tem gente querendo até criar uma cota (até pra isso vai ter cota?!) pro povão poder participar, comenta-se que no mercado negro um ingresso pra ir lá está entre R$2.000,00.
Agora vamos a questão que realmente nos interessa, os quadrinhos. Antigamente com a Abril um gibi era bem baratinho, entre R$2,30 e R$2,50 e todos podiam comprar. Eu mesmo comprava um monte de gibi na época, até coisas que eu não gostava (DC) que depois eu acabava indo num sebo e vendendo ou trocando por outra coisa. Ai não sei por que entrou um gênio por lá, que já mostrava não ter muita ética pois aquela mini nacional Terra-1 é plágio de uma obra de um ex-funcionário da casa. Aí na época do lançamento do primeiro filme dos X-Men, que seria o momento de popularizar de vez os quadrinhos pois vários filmes viriam na sequência o animal simplesmente criou aquela horrorosa linha Premmium a dez mangos cada edição, e como se não fosse suficiente esse aumento de preço ainda foi feito num período em que as histórias estavam fracas e revistas como a do Aranha tinham apenas uma história do personagem e outras seis de bostas como Quarteto e tal. Porra, se eu gasto dez contos num gibi do Aranha eu quero ler histórias do Aranha caralho!
Como aquela bomba fracassou miseravelmente, a Abril largou os quadrinhos e a Panini assumiu a parada (alias o pessoal por trás da Panini é formado por ex-funcionários da Abril, que coincidência não?!) eles continuaram com o preço lá em cima, pois pra Panini tá bom assim, as tiragens são mínimas mas o preço está lá no alto e essa bosta de distribuição setorizada eles controlam melhor o encalhe. Pra uma Abril isso não serve, pois o negócio deles é vender, mas pra uma Panini que tem os carcamanos por trás do jeitinho que tá está bom. E além das mensais caras agora eles exploram o filão dos encadernados, republicando os clássicos em formato luxuoso custando verdadeiras fortunas. O negócio chegou a um ponto em que é mais barato você importar o encadernado gringo do que comprar a versão nacional, e além do preço é comum você encontrar os mais diversos erros de tradução e ortografia nessas edições de luxo, pois quem está cuidando delas não é um profissional que tenha estudado para fazer isso, e sim um fã que recebe um salário pequenininho mas que se contenta com isso pelo fato de ser o editor e os benefícios que isso acarreta como uma fama entre os fãs bobões e receber gibi de graça para aumentar sua coleção.
Ou seja, as tiragens estão cada vez menores, preços mais caros, menos pessoas podendo ler, funcionários cada vez mais mal pagos pela editora, mais erros nas edições e o dono da editora, o Hélcio de Carvalho, com cada vez mais grana no bolso. Você acha esse um sistema justo?!
Começemos com o futebol, um esporte do povão mesmo, o cara não tem dinheiro para comprar o leite das crianças, mas não deixa de ir aos estádio ver o seu time do coração, ou melhor não deixava! Com esse papo de modernizar os estádios e tal o pessoal tá começando a subir cada vez mais o ingresso, e quando é jogo importante ou um clássico os clubes aproveitam pra enfiar a faca no seu torcedor. Ah quem diga que é importante esses ingressos mais caros pois impede que o pessoal que quer só brigar vá ao estádio, o que não posso concordar primeiro por simplificar a questão da violência com a falta de renda, pois tem muito boyzinho classe média que começa a encher a cara na manhã do jogo e se o time perder ele vai pra cabeça mesmo, segundo que o pessoal que quer brigar vai brigar mesmo e pronto, eles até combinam por Orkut com a torcida rival pra se encontrar, a briga simplesmente está saindo do estádio e indo pra rua. Mas como se não basta-se a pessoa não poder ir ao estádio, qual a outra opção que ele tem de acompanhar o time? Restou apenas o rádio, que quebra um galho mas não tem imagens. Quando um time joga em casa a partida não é exibida na TV, aí você tem que pagar canal a cabo, só que na tv a cabo o jogo que vai passar não é do seu time, se você quiser ver mesmo vai ter que pagar o Payperview, ou seja, além de pagar caro pela tv a cabo você ainda tem que pagar um por fora pra enfim ver o jogo.
Agora falemos sobre o Carnaval, essa coisa é só rolo, pois as escolas de samba viraram um grande balcão de negócios. Esses cargos de Rainha e Madrinha de bateria são um bom exemplo, ao invés de escolherem uma menina da comunidade que está o ano todo lá e vive e respira o Carnaval entram as famosas, só que essas famosas pagam as escolas para estar nesses cargos, pois aparecer no desfile é midia, é notícia para elas. Ai elas vão lá umas semanas próximas do desfile para o ensaio (que também é noticia e midia para elas) desfilam e depois um abraço. E também tem o fato deles venderem lugares para as pessoas desfilarem, um turista chega lá na escola e diz que quer desfilar e daí eles vendem a fantasia por uma baba e o cara vai lá e fica todo alegrinho por que vai aparecer na Globo. E em Salvador também é outro rolo pois a maioria das pessoas que estão lá é turistas, tem gente querendo até criar uma cota (até pra isso vai ter cota?!) pro povão poder participar, comenta-se que no mercado negro um ingresso pra ir lá está entre R$2.000,00.
Agora vamos a questão que realmente nos interessa, os quadrinhos. Antigamente com a Abril um gibi era bem baratinho, entre R$2,30 e R$2,50 e todos podiam comprar. Eu mesmo comprava um monte de gibi na época, até coisas que eu não gostava (DC) que depois eu acabava indo num sebo e vendendo ou trocando por outra coisa. Ai não sei por que entrou um gênio por lá, que já mostrava não ter muita ética pois aquela mini nacional Terra-1 é plágio de uma obra de um ex-funcionário da casa. Aí na época do lançamento do primeiro filme dos X-Men, que seria o momento de popularizar de vez os quadrinhos pois vários filmes viriam na sequência o animal simplesmente criou aquela horrorosa linha Premmium a dez mangos cada edição, e como se não fosse suficiente esse aumento de preço ainda foi feito num período em que as histórias estavam fracas e revistas como a do Aranha tinham apenas uma história do personagem e outras seis de bostas como Quarteto e tal. Porra, se eu gasto dez contos num gibi do Aranha eu quero ler histórias do Aranha caralho!
Como aquela bomba fracassou miseravelmente, a Abril largou os quadrinhos e a Panini assumiu a parada (alias o pessoal por trás da Panini é formado por ex-funcionários da Abril, que coincidência não?!) eles continuaram com o preço lá em cima, pois pra Panini tá bom assim, as tiragens são mínimas mas o preço está lá no alto e essa bosta de distribuição setorizada eles controlam melhor o encalhe. Pra uma Abril isso não serve, pois o negócio deles é vender, mas pra uma Panini que tem os carcamanos por trás do jeitinho que tá está bom. E além das mensais caras agora eles exploram o filão dos encadernados, republicando os clássicos em formato luxuoso custando verdadeiras fortunas. O negócio chegou a um ponto em que é mais barato você importar o encadernado gringo do que comprar a versão nacional, e além do preço é comum você encontrar os mais diversos erros de tradução e ortografia nessas edições de luxo, pois quem está cuidando delas não é um profissional que tenha estudado para fazer isso, e sim um fã que recebe um salário pequenininho mas que se contenta com isso pelo fato de ser o editor e os benefícios que isso acarreta como uma fama entre os fãs bobões e receber gibi de graça para aumentar sua coleção.
Ou seja, as tiragens estão cada vez menores, preços mais caros, menos pessoas podendo ler, funcionários cada vez mais mal pagos pela editora, mais erros nas edições e o dono da editora, o Hélcio de Carvalho, com cada vez mais grana no bolso. Você acha esse um sistema justo?!