[Avaliação]Mundos sem Sol

>> domingo, 9 de setembro de 2007



O autor

Bem amiginhos, o nosso considerado José Roberto Pereira (ou JRP, BK, Lord Seth) está lançando o seu primeiro livro Mundos sem Sol, e este que vos fala resolveu comprar seu exemplar para saber se a bagaça é boa ou não, afinal, alguém que sempre é tão critico ao trabalho alheio deve saber das coisas.

A minha principal e mais feroz critica nem é sobre o livro em si, mas a forma como ele chegou em minhas mãos. Eu comprei meu exemplar direto com o autor para receber ele com uma dedicatória (dedicatória essa que por sinal eu não consegui entender o trecho final do que foi escrito), fui nos correios pegar o livro, pensei que pelo fato do livro ser pocket ele chegaria em um pacotinho pequenininho, mas quando olho, ele simplesmente está jogado em um envelope enorme, sem nenhum tipo de proteção e com uma parte do envelope aberto, quem olhasse o furo poderia ver o conteúdo da minha correspondência. Quem conhece os correios sabe que o pessoal não está nem ai com o zelo pelos pacotes que transporta, simplesmente vão jogando e transportando as cartas. Se chovesse durante o percurso e o pacote molha-se tava fudido! A sorte do Zé Roberto é que o livro chegou inteirinho, pois se tivesse qualquer machucadinho eu iria querer um exemplar decente, não to nem ai se o livro já tinha dedicatória em meu nome e não teria como passar ele pra frente, sou exigente com as coisas em que gasto meu dinheiro, principalmente se forem suados 25 contos. Mas eu dou um desconto pelo fato de ser seu primeiro livro e provavelmente lhe faltar experiência em embalar seus livros, esperamos que quando lançar os próximos (sim, não pode parar no primeiro, tem que continuar ) ele comece a ter experiência em embalar suas obras, tanto quanto o Nagado, Emir...

Agora sobre o livro, um breve resumo: Mundos sem Sol conta a história de um vampiro japonês que trabalha na policia em um mundo futurista e vai investigar um crime ao lado de sua andróide gostosinha. O começo do livro eu achei um tanto quanto chatinho, muito papo para pouca ação, mas depois que o vampiro chega ao puteiro à história começa uma ascendente incrível. Estava determinado a partir daquele momento a ler todo ele direto, mas ao chegar em uma parte em que ele apresenta um personagem chamado Senador Goseki Koike (uma clara referência à Kazuo Koike e Goseki Kojima, criadores do manga Lobo Solitário, publicado no Brasil pela Panini) eu tive um acesso de riso e decidi dar uma paradinha e ler as edições 25 e 26 de Lobo Solitário que eu havia acabado de comprar (porra, to todo atrasado com o Lobo, mas agora só me faltam duas edições), mas eu deveria ter continuado um pouco mais, pois nessa parte se fala em um copyright genético, parte que eu achei bem interessante.

A história vai bem, obrigado, até chegar em seus momentos finais. Ao ver que estava próximo das paginas finais e ver que a história esta longe de uma conclusão, eu pensei que seria um final em aberto mas não foi o caso. O final, como eu posso definir... foi um peido veio, um peidinho perto do resto da história. Não que seja ruim, foi algo totalmente inesperado (o que é legal), mas eu esperava outra coisa, me afeiçoei tanto com à andróide gostosinha para no final descobrir que ela... que ela...

Outro ponto a se destacar é a falta de notas em rodapé para alguns termos em japonês, quem não saca dessas coisas pode ficar perdido em certos termos.

No geral Mundos sem Sol é um bom livro, não é um Best-Seller, mas diverte pra caramba! Tem putaria, bizarrices, ação, violência, personagens sacanas e outras cozitas más! Recomendo como leitura (li tudo em um dia, se eu não gosto de um livro eu fico tempos enrolando para ler), mas caso você decida comprar das mãos do BK não esqueça de pedir para ele fazer um pacote bem firme para você.

Ah, antes que eu me esqueça, na parte dos agradecimentos o autor dedica a obra para três de seus desafetos, Peixoto, William e Orlando. Rachei o bico de rir!


Nota:

Edit: Alguns cariocas malacos foram na Bienal e decidiram perguntar pelo livro do Zé Roberto, só que o livro sequer constava no cadastro da editora! Esse pessoal da ComArt EDUSP é brincadeira, por essas e outras que não vou com a cara da USP. Sente só o vídeo.