Ex ator de As Aventuras de Poliana queria que novela infantil fizesse proselitismo politico

>> segunda-feira, 27 de maio de 2019


E pra acabar!

Recentemente se tornou noticia a demissão do ator Nando Cunha da novela As Aventuras de Poliana. Vamos ver e ir comentando a notícia vinda do Uol:

Para ele, os roteiros criados pela mulher de Silvio Santos fazem alusão à mentalidade do presidente Jair Bolsonaro, com conceitos conservadores. Mais do que isso, pecam por serem fracos. "Falta um arco dramático maior, aprofundar os personagens, as tramas... Fazer um gancho de um capítulo para outro", detona.

Vamos por um momento ignorar que a novela é para crianças... esse cara não sabia a emissora em que estava indo trabalhar não? Silvio Santos sempre foi apoiador do governo de ocasião, foi puxando muito o saco dos generais que conseguiu a concessão do SBT. No período petista também puxou o saco dos vermelhos, colocando lacradas em suas novelas.


Então nada mais natural que num governo conservador ele fosse surfar a onda.
Para Cunha, um dos problemas de Poliana é focar demais no núcleo infantil em detrimento das histórias dos adultos. "Novela é novela, mas às vezes fica muito em cima das crianças. Os personagens principais são elas", critica ele.
Novamente, parece que ele não sabia onde estava se metendo, é uma novela para crianças, logico que elas seriam o foco, não é sequer a primeira que o SBT está fazendo, logo não tem o porque do estranhamento.
Acostumado a fazer trabalhos mais liberais, Cunha se chocou com a mentalidade conservadora que encontrou nos bastidores de Poliana --e ainda associa a trama à eleição de Jair Bolsonaro. "Eu vejo um texto extremamente de direita. Eles querem passar a história de uma família conservadora tradicional brasileira e coisas dessa nova onda, e não mostram a diversidade", diz.
"Conservadorismo é o pensamento do SBT, do Silvio Santos e do presidente [Jair Bolsonaro], que é amigo dele. A gente vive um retrocesso cultural, econômico e é a partir desse poder que ele [Bolsonaro] está hoje eleito. E o SBT assina embaixo."
Para o ator, a trama promove um desserviço à sociedade ao não sair do lugar-comum. "A novela não dialoga com os diversos tipos de relacionamentos que temos na sociedade; [não tem] um casal gay, as diversas formas de gênero..."
Aqui não é questão de politica mas sim de bom senso: é um produto para crianças, colocar assuntos que os pais tem dificuldades de explicar aos seus filhos só faria que os adultos proibissem seus filhos pequenos de assistir a produção, logo o SBT não lucraria com essa lacrada. Abordar esses assuntos em produções para adultos ok, mas para crianças quanto menos assuntos controversos melhor.

"O próprio negro é tratado de uma forma estereotipada. É uma família de negros pobres em uma comunidade. Por que que não colocaram o meu personagem como dono de colégio e a minha mulher como uma empresária bem-sucedida?", alfineta. "Acham que estão fazendo um favor, mas não é favor nenhum. Só estão repetindo os estereótipos de quase todas as emissoras."

Essa pauta poderia sim ser incluída como foi com o Cirilo em Carrossel, mas não pode ser algo irrealista como ocorreu recentemente em A Bela e a Fera.

O ator reclama de maus tratos e problemas financeiros, aqui eu não duvido dele pois Silvio Santos enriqueceu dando dinheiro para a plateia, não essencialmente para os funcionários.

Nando Cunha descobriu que Ciro morreria por meio de uma conversa dos atores da novela no WhatsApp, um aplicativo de troca de mensagens.
"Alguém colocou no grupo que meu personagem havia morrido. Eu fiquei sabendo assim [que sairia da novela]. Para você ver como são as relações lá dentro. Depois um diretor veio falar comigo e disse: 'A casa não quer mais renovar com você'. Eu falei: 'Tudo bem'. Ele disse: 'Mas nós vamos dar um final digno para o seu personagem'. O fim digno foi um teto caindo na cabeça dele", critica o ator.

Acho que realmente ele não era muito querido nos bastidores.


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