Escritora de Viúva Negra diz: "Não tenho interesse em seguir o cânone de um quadrinho discriminatório"

A escritora do filme da Viúva Negra, Jac Schaeffer, afirmou recentemente que "não tenho interesse em seguir o cânone de um quadrinho discriminatório de alguma forma ou que viole o meu sistema de valores”.



Ela fez os comentários em uma entrevista pra Inverse, onde ela espera receber uma reação negativa. Ela acrescentou: “Quando as pessoas reagem com ódio, isso me entristece. Eu acho uma pena. Mas não é onde eu quero colocar minha energia. Não estou interessada nas vozes altas e ácidas.

Schaeffer elogiou o arco da história da Viúva Negra em Vingadores: Ultimato que vê a personagem sacrificar sua vida a fim de ajudar a restaurar as vidas de todos que Thanos tirou da existência.

Sobre a morte da Viúva Negra, Schaeffer disse a Inverse: “Chorei como um bebê. Fiquei muito comovida com isso."

Ela continuou:

"Foi um sentimento estranho. Eu tenho alguns sentimentos proprietários, porque se você é um escritor que se envolve muito emocionalmente em seu trabalho - que eu acho que é a maioria dos escritores - os personagens parecem muito reais para você. Então, vendo a morte dela em um filme que eu não tive nada a ver com - era um pouco semelhante a ver um ex-namorado com outro parceiro. Há um tipo estranho de remoção que parece errado e certo ao mesmo tempo. Mas o arco dela no filme é maravilhoso ”.

Ela iria fornecer alguns detalhes sobre o que podemos esperar em Viúva Negra e elogiou bastante o combate em close-up:

“A luta [na  Viúva Negra ] tem muito contato próximo, combate corpo-a-corpo. É muito visceral. Há muita agressividade e poder de uma maneira muito humana que eu acho realmente gratificante e realmente emocionante de assistir, mas é o oposto de escrever para personagens super-poderosos ”.

Espera-se que o filme da Viúva Negra veja Natasha Romanoff de Scarlett Johansson frente a frente com o Treinador após descrições de cenas mostradas na San Diego Comic-Con revelaram que a Viúva Negra enfrenta uma figura mascarada que reflete suas técnicas de combate.

O filme será realizado após os eventos do Capitão América: Guerra Civil, segundo David Harbour. Harbour, que estará interpretando o Guardião Vermelho, o Capitão América da Rússia, disse à IGN : “Eles se conhecem há algum tempo e há uma história complexa lá. Este filme acontece logo depois do Capitão América: Guerra Civil, e então esses eventos são importantes. ”

Juntamente com Guardião Vermelho e Treinador, o filme deverá estrear Yelena Bolova, que será interpretada por Florence Pugh.


Universo Cinematográfico Marvel
Schaeffer, que também contribuiu para a Capitã Marvel e estará exibindo a próxima série WandaVision na Disney + acrescentou: “Eu não era uma grande fã de filmes de super-heróis antes de começar a trabalhar na Marvel, mas agora que estou fazendo isso, há apenas tantas oportunidades para fazer grandes declarações, positivas“. Ela continuou:‘Especialmente algo como Capitã Marvel  e  Viúva Negra, para ter essas histórias femininas".

WandaVision
Schaeffer entraria em detalhes sobre sua experiência em andamento com a WandaVision e como é estar exibindo uma série de TV sem créditos prévios de TV. Schaeffer afirma: “É muito incomum. É meio ridículo. ” No entanto, ela acrescenta que o showrunning é “o papel mais satisfatório que tive. Combina quase tudo. Enquanto eu penso que voltarei a dirigir em algum momento, agora mesmo dirigindo um show - eu me sinto a pessoa mais sortuda do mundo. É um show realmente fenomenal."

Ela passa a discutir a composição da sala de escrita para WandaVision, indicando que há quatro mulheres em uma equipe de oito escritores. Schaeffe afirma que a composição da sala do escritor é “incrivelmente intencional, e foi muito apoiada pela Marvel”. Ela acrescenta: “Eu senti incrivelmente forte que precisávamos de mulheres e pessoas de cor e pessoas de todas as origens e perspectivas na sala. Acredito - acho que é  fato - que as histórias são melhores quanto mais perspectivas você tiver.

Schaeffer também pediu que os filmes de super-heróis parassem de “enaltecer armas”. Ela afirmou:

“Eu gostaria de ver alternativas à violência nos filmes de super-heróis. Talvez eu qualificasse isso dizendo alternativas ao glamourizar armas. Essa é uma das razões que eu amo a Capitã Marvel - é tudo sobre o poder interior. E a destruição não é à custa da vida humana ”.

Finalmente, ela concluiu indicando que quer mudar o mundo através dos projetos de filmes que ela participa.

“Eu escolhi fazer parte de projetos que são sobre representação positiva. Precisamos ver mulheres, precisamos ver pessoas de cor, precisamos ver experiências diferenciadas e precisamos ver diferentes perspectivas na tela. Eu escolho trabalhar com pessoas que estão interessadas em mudar as perspectivas para melhor, e colocar um mundo na tela que é algo que podemos aspirar e ter conversas sobre, e se movendo em uma direção que irá criar um mundo que eu espero que seja melhor para minhas crianças."

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